Em post recente utilizei a figura de um barco para simbolizar a situação da FPA no Acre.Da mesma forma quero usar a mesma figura para falar da oposição.Com uma diferença.É o mesmo sentido , mas direção oposta como a gente aprende na aula de física quando se fala da Dinâmica.
Enquanto o barco da FPA singra as águas políticas, com as amarras bem ajustadas e bem comandada, rumo ao sol se pondo no horizonte como acontece em filmes de happy end, a nau da oposição caminha rumo à tempestade e à escuridão, sem comando tal qual um bolo fecal levado pelas águas.
Um dos maiores conselhos que se tem na política diz que nunca devemos interromper nossos adversários enquanto estes estão cometendo um erro.A condição moral da oposição é tão caótica no Acre, que a situação pode se dá ao luxo de passar dicas importantíssimas que ninguém se dará ao trabalho de por os neurônios para funcionar.
É um mamute acéfalo pisando em louças. Pelo menos é assim que o quadro se apresenta.Vejam os últimos movimentos na oposição: rasteira no Pinto, candidatura única do cara mais antipático da oposição, o Bocalon, desistências de candidaturas tidas como certas, declarações de um pré-candidato ao senado que diz que primeiro a militância do seu partido terá que pedir votos para ele e só depois para o outro.Prefeitos de oposição que já declararam a retirada do apoio ao " boi - de - piranha - da - vez " que atende pelo nome de Petecão.
Sou um eleitor que sempre gostei dos embates políticos. E o Acre já teve memoráveis.Quem esquece da campanha para governo de 1990 ? da " guerra" do 11 de Edmundo Pinto contra o 13 do Jorge Viana, principalmente na capital ? A FPA saiu derrotada, mas paradoxalmente fortalecida.Sentia-se ali que era só uma questão de tempo, porque entrou unida, perdeu unida e assim permaneceu para os próximos embates.
Não é bom para a democracia e nem ninguém, nem mesmo para o projeto da FPA, ter uma oposição tão débil de idéias e lideranças.Não creio que oposição esteja preparada para assumir o poder. Não estava preparada nem mesmo quando já esteve no poder. Os poucos que ainda reúnem essas condições estão sem voz e vez .Os caras não conseguem se unir nem fora do poder, imaginemos aqueles com este nas mãos.
A situação está tão crítica, que chego a pensar que tudo isso não passa de uma farsa, uma verossimilhança. Um jogo urdido do tipo dá uma pedra para comer três, como acontece em um jogo de " damas" .Só pode ser. Estão querendo anestesiar os sentidos dos adversários para o posterior bote certeiro.
Mas como na oposição o jogador é míope, daltônico e está bêbado é mais fácil ele eliminar as próprias pedras, pensando ser as do adversário.Assim esse adversário só perde se for para ele mesmo.Só a soberba da lebre é capaz de fazê-la perder a corrida da tartaruga.
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