quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sobre politiqueira política


Assistindo  um documentário sobre a vida selvagem no continente africano, série sobre os maiores predadores do planeta, comecei a divagar, fazer analogias sobre o mundo da política. E política é algo essencialmente humano ? Nenhuma outra espécie tem essa capacidade ?

No mundo animal, os predadores têm por tática, e essa tática não passa de  instinto, de atacar os elementos mais fracos do rebanho: os filhotes ou adultos debilitados. Isto facilita a caçada e garante sua sobrevivência intacta. Incrível. São selvagens e ainda assim buscam o melhor momento em nome da segurança e da objetividade.

Só que nem sempre é tão fácil. Por imperiosa ordem natural, às vezes,  para não morrerem de fome têm que arriscarem. Saírem da zona de conforto. E acabam atacando presas assim não tão fáceis.  Na falta das gazelas, zebras e gnus , atacam os elefantes  e os búfalos.

Entretanto, o que diferencia os elefantes e os búfalos, das outras espécies não é o seu porte físico e sua força. É a forma de como reagem frente ao predador. Os gnus , zebras e gazelas, tentam se defenderem apenas fugindo,  procurando confundirem o inimigo. Com isso abandonam os mais fracos à própria sorte.

Já os paquidermes e os búfalos, pelo contrário agem como um verdadeiro grupo. Protegem seus filhotes e não abandonam os mais fracos. Reagem ao ataque, forçando o inimigo a recuar, o que na maioria da vezes acontece.

Os elefantes têm grande massa corpórea. Os búfalos grande força. Mas isso seria inútil  se ficassem sozinhos,   sem a proteção da manada.  Os gnus , não tem a mesma força de um búfalo. Só que o número de indivíduos da manada é infinitamente maior.

Imaginem se os gnus tivessem a capacidade de fazer política e resolvessem, contrariando a natureza , se organizarem como um grupo. Coitados dos leões, leopardos, guepardos e hienas. Seriam milhares contra dezenas.  De nada adiantaria garras e dentes ante as forças de poderosos cascos e córneos.

No mundo político acontece algo muito parecido. Existem muitas gazelas,  zebras e gnus prontos a fugirem e deixarem os mais fracos a mercê dos seus algozes. Só que fazem isso não por instinto, tal qual acontece na natureza,  fazem por covardia,  por inveja e por uma imensurável ambição.  São irracionais,  mesmo pensando o contrário.

Esquecem que poderão no próximo dia da caçada serem eles, os mais fracos. E não terão o grupo ao seu lado. Serão presas fáceis. E não adianta se infiltrarem em meio aos elefantes e búfalos. Serão logo descobertos pelos chacais,  que se contentam com resto _ da carcaça,  deixada pelos leões. 

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