Embaixo da frondosa mangueira, espraiada na alta margem do velho rio, aguardo os inimigos para o combate e eles já apresentam rugindo, fazendo o chão tremer.
Olho minha espada reluzente, afiada a custoso limado, e vejo meu olhar nela espelhado. Não há medo. Quando se tem a certeza o temor cede espaço.
Logo mais abaixo está minha pequena aldeia. Tão simples, inocente e ao mesmo tempo heróica. O último reduto que o Mal Maior não domina.
Por estas pessoas honradas vale a pena lutar. Mesmo que a luta se apresente por hora perdida, que a batalha esteja a priori decidida, nossos joelhos não se dobrarão.
Não lutaremos por líderes, causas, e suas belas palavras. Ouvimos o canto das sereias, mas tal qual Ulisses nos amarramos ao mastro e passamos incólumes. Conseguimos o melhor sem preço a pagar.
Não temos rei, nem senhor, nem cores de flâmulas. Empunharemos nossa bandeira imaterial pelo direito de sobrevivermos e só isso é que nos basta.
Não há glória e sublimação . Não buscamos o paraíso em outra vida, não buscamos fazer história. Só queremos o direito de viver plenamente esta vida agora que nos pulsa tão generosa a despeito das dores, lágrimas no caminho a caminhar.
É isto que nos faz reconhecer-se gente e livre até para errar.
Estamos sós. Nossos aliados renderam-se ao ócio e aos vícios que antes apontavam como falhas no caráter dos adversários. Hoje lambuzam-se na mesma gamela.
Penso o que tem sido até aqui.
O único arrependimento é das noites em claro, do frio, da fome que passamos a defender quem agora se mostra tão igualmente ignóbil aos nossos mais nefastos perseguidores.
O vento soprou mais forte vindo do velho e amado rio, balançando os vigorosos galhos da mangueira-mãe. E eles me dizem: " Podem até destroçarem nossos corpos, estão em maioria absoluta. E destruírão nossos espíritos ? Te digo: Jamais ! Aqui é nossa terra e último grito de nossa última folha será liberdade ! ".
Em nossa amada terra não há bosques, nem flores, nem mais amores, só a imensidão das gerais.
Piratas, saqueadores, falsos profetas, facínoras e aproveitadores que venham ! Por hoje e aqui, não nos vencerão e jamais enquanto durar a eternidade de nossas almas.
Vossa velha bandeira está puída e não tremulará novamente sobre a nossa gente.
Nossas espadas nunca tremerão. Elas riscarão este chão denunciando o mau jogo que fazem.
Ouço vozes. Minha aldeia está cantando nossa canção. Última canção.
Do nosso outrora grandioso exército, só me resta.
Penso o que tem sido até aqui.
O único arrependimento é das noites em claro, do frio, da fome que passamos a defender quem agora se mostra tão igualmente ignóbil aos nossos mais nefastos perseguidores.
O vento soprou mais forte vindo do velho e amado rio, balançando os vigorosos galhos da mangueira-mãe. E eles me dizem: " Podem até destroçarem nossos corpos, estão em maioria absoluta. E destruírão nossos espíritos ? Te digo: Jamais ! Aqui é nossa terra e último grito de nossa última folha será liberdade ! ".
Em nossa amada terra não há bosques, nem flores, nem mais amores, só a imensidão das gerais.
Piratas, saqueadores, falsos profetas, facínoras e aproveitadores que venham ! Por hoje e aqui, não nos vencerão e jamais enquanto durar a eternidade de nossas almas.
Vossa velha bandeira está puída e não tremulará novamente sobre a nossa gente.
Nossas espadas nunca tremerão. Elas riscarão este chão denunciando o mau jogo que fazem.
Ouço vozes. Minha aldeia está cantando nossa canção. Última canção.
Do nosso outrora grandioso exército, só me resta.
Lindo Smigo. A canção de um samurai sem mestre, um ronin, porque também percebo que "estamos sós. Nossos aliados renderam-se ao ócio e aos vícios que antes apontavam como falhas no caráter dos adversários. Hoje lambuzam-se na mesma gamela."
ResponderExcluirEnquantp afias a tuda espada, meu arco permanece teso, aguardando o momento em que será lançada.
Bom Combate