sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O MERCADO DESERTO E MINHAS LENDAS



Era um mercado muito esquisito / entregue às baratas e aos mosquitos
Não tinha parede, era pra ser rosa mas tava pintado de azul/
 Não tinha nada e tava no centro de Cruzeiro do Sul

Fosse eu um poeta e/ou  fizesse sucesso com música infantil começaria ela assim, para falar de uma construção no mínimo esquisita.

A imagem acima é de um suposto mercado municipal , idealizado e iniciado ainda na administração anterior e que o gestor atual faz a proeza de não conseguir por para funcionar até presente data. Aí já se vão quase 08 anos...

É um mercado sem nenhuma divisória, sem parede e _  por lógica _ nenhuma porta, com quatro estranhas espécie de "guaritas" que até hoje estão vazias.

O mercado está bem iluminado à noite para ninguém. Ainda bem quem paga a conta de luz é um tal contribuinte. Ufa ! Menos mal que não sai do meu bolso e nem do seu leitor. Problema do contribuinte.

Mas, o mercado não é de todo inútil. Como está localizado na esquina da rua Floriano Peixoto com a Siqueira Campos, serve de atalho para os transeuntes. Aliás , eis o bom nome para quando da inauguração da majestosa  construção : "Mercado do Corta Camin". Pelo menos já é assim que o povo está chamando. O  nome  popular é um de apelo semântico insuperável.  

Por falar em localização o mercado foi construído no local onde seria a continuação da praça Rodrigues Alves. Pelo menos foi assim idealizado pelo fundador da cidade , Marechal Thaumaturgo de Azevedo quando projetou as ruas da futura urbe.

Ele entendia que o igarapé do Telégrafo/ Rodrigues Alves deveria ser canalizado e ao longo construída uma praça. A praça idealizada começaria na confluência do referido igarapé com o igarapé Boulevard no centro da cidade e se estenderia até o futuro bairro do Telégrafo.

Isto no início do século anterior. Thaumaturgo tinha título de militar, mas não era de barrancas. . Era oficial do exército e formado em direito e matemática. Nada disso adiantaria se não tivesse visão de futuro e compromisso com suas responsabilidades. Não foi como os broncos que o antecederam. Frágeis Arremedos.

Por ironia, um dos seus antecessores mais obtusos, Oleir Cameli, quase um século depois, foi o único a iniciar o projeto do marechal e fez a praça até a rua Djalma Dutra, mudando a cara do centro de Cruzeiro do Sul. Dá-lhe "sêo" Orleir !!

Depois dele, seguindo o curso do igarapé, o prefeito Aluízio Bezerra, com toda sua sapiência internacional construiu uma aberração a qual chamou de " Terminal Urbano ". Na verdade um pardieiro. Sua esposa, a "primeira mulher prefeita em 100 anos de história " que pintou até as linhas do gramado do estádio " O Cruzeirão " de rosa, também deu sua contribuição: A maravilha vista na foto da postagem.


Mas deixemos de lendas. O fato é que é essa majestosa belezoca ainda não foi inaugurada. Só pintada de azul. Deve Aquele Lá está aguardando a próxima eleição, ou será que não ?

O Amável Senhor não compareceu à inauguração da ponte porque "não foi convidado". Também não o fui, mas compareci. Será que está aguardando um convite para inaugurar esse troço aí ? Ô Senhora do Destino, manda um convite pro cara, pô !

Costuma-se dizer que Cruzeiro do Sul é a cidade do " Já teve" . Sou obrigado a concordar. Cruzeiro do Sul já teve até prefeito de verdade : Gregório Thaumaturgo de Azevedo.

Nasce  de novo marechal e nos livrai de tamanha pasmaceira e visões tacanhas ! Já há por aqui um novo Dyonísio ...
  

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